terça-feira, 29 de maio de 2012

Saúde da música gospel brasileira...




Olhe para a música gospel brasileira e responda: O que você vê? 

Não sabemos qual será a tua resposta, mas gostaríamos de expor a nossa.

A maioria das músicas atuais são vazias de teologia. Hoje, o que mais vemos são músicas carregadas de humanismo, auto-ajuda, triunfalismo, emocionalismo vazio e tantas outras mazelas. 

Diante de tal contexto, queremos afirmar três máximas que norteiam o nosso atual protesto pela reforma na música cristã brasileira.

“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16).
O texto diz que devemos ensinar uns aos outros através de salmos, hinos e cânticos. Logo, vemos que a música, além de louvar a Deus, serve para edificar aqueles que ouvem a letra.

E quando isso acontece? 

Quando a palavra de Cristo habita em nós de um modo abundante. 

Se uma teologia bíblica for abundante em nosso meio, a música será um instrumento de edificação; se não, será uma difusora de heresias. Querem saber por que a música, hoje, é tão pouco bíblica? É exatamente porque a Palavra de Deus não é abundante na mente dos cristãos. 

Que saber por que os momentos de louvor são tão mortos ou cheios de falso fogo? Por que não cantamos as Escrituras: “Meus lábios transbordarão de louvor, pois me ensinas os teus decretos” (Sl 119:171). Se ensinarmos os decretos do Senhor através das canções, os lábios dos cristãos transbordarão de louvor genuíno. “… eu te louvo por causa das tuas justas ordenanças” (Sl 119:164).

Precisamos perceber que os cânticos, salmos e hinos possuem um papel didático, como ocorria com os Salmos no povo de Israel. Comentaristas explicam que eles cantavam constantemente a Palavra sobre Deus, pois temiam que lhes sobreviesse o que Deus disse: “Se vocês se esquecerem de mim, os ferirei” (cf. Dt 6:12-16). 

É por isso, talvez, que Paulo nos alerta que nos mantenhamos cheios do Espírito “falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19). 

Logo, esse é nosso apelo aos músicos da Igreja de Deus: Cantem a Bíblia! Que vocês possam dizer como o Salmista: “Os teus preceitos são o tema da minha canção…” (119:54) e “A minha línguas cantará a tua palavra…” (119:172).

Medite nas palavras de I Crônicas 16:29, onde diz: “[...] Adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.” Perceba que esse texto nos manda adorar a Deus por conta de um dos Seus atributos: A Santidade. Veja, não é uma adoração vaga. Não é uma adoração vazia. Não é uma adoração baseada unicamente em emoções. É uma adoração baseada no que eu conheço de Deus. É exatamente isso que deve acontecer. Deus deve ser adorado não por conta de uma voz que nos leva a cantar ou por notas dissonantes que nos comovem, mas por causa dos atributos do nosso Criador e da Sua magnífica obra.

Se estudarmos a palavra “louvor”, nos surpreenderemos ao perceber que ela é um sinônimo da palavra “elogio”. Você não elogia ou louva uma pessoa porque está sentindo algum tipo de êxtase místico, mas por causa dos elogiáveis atributos dela. Percebemos isso se meditarmos no livro de Salmos. Veja quão ricos são tais louvores. Se você analisar com atenção, os atributos de Deus são vívidos naqueles hinos. 

Além disto, as ordenanças para adorar ao Senhor neste livro se baseiam constantemente em suas obras e atributos.
“Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.” (136:1); 
“Adorai o SENHOR na beleza da santidade.” (29:2)
“Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom…” (135:3); 
“Louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome. [...] Todos os reis da terra te louvarão [...] E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.” (138:2,4,5); 
“Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” (139:14).

Se as Escrituras testificam de Cristo (Jo 5:39) e se Cristo é a revelação do Pai (Jo 1:18); a conclusão lógica disto é que a música cristã, ao seguir as duas primeiras condições, naturalmente irá expor Jesus Cristo. Assim, como Cristo deve ser o centro de todas as ações da Igreja (cf. I Co 10:31; Cl 3:17; Rm 14:23b), para que Jesus seja normalmente exposto nas músicas que o povo de Deus canta, as duas primeiras condições precisam ser seguidas. Se a música não for centrada nas Escrituras nem baseada em quem Deus é, ela não irá expor Cristo de um modo suficiente, sendo, assim, um pecado contra Deus.

Essa é a mensagem que passamos com nossas manifestações e é o que oramos que a Igreja brasileira viva, para a glória de Deus e a alegria de Seu povo.

No amor de Cristo.

fonte: http://canteasescrituras.com/o-manifesto/