I Samuel 23.19-29
Davi está na caverna de Adulão, mas é orientado a sair dali e ir para os territórios de Judá (I Samuel 22.5). Estando no território de Judá, ele ouve dizer que uma de suas cidades está sendo atacada pelos filisteus. Davi livra Queila e, ao ouvir que Saul estava ao seu encalço, ele deixa a cidade. Contudo, ele ainda permanece no território de Judá, no deserto de Zife.
Passada essa situação mas ainda no calor dela, Davi escreveu um salmo, que é o de número 54. É um salmo didático, que visa trazer ensinamento sobre o modo como os crentes devem reagir diante da traição e da opressão dos inimigos. Nos 3 primeiros versículos Davi apresenta-se a si mesmo e os seus inimigos a Deus. Os inimigos são, na verdade, estranhos e violentos; aparentam ser amigos, mas não permitem criar relacionamentos; eles não têm Deus diante dos olhos.
Salvar (yasha, “alargar”): indica liberdade de opressão e a capacidade de atingir os próprios objetivos. Para ir da aflição para a segurança é preciso existir livramento. Em geral, o livramento deve vir de algum ponto exterior ao da parte oprimida. Faze-me justiça: traz a idéia de um apelo para a realização de um julgamento justo. Davi via-se traído. Ele não encontrava em si qualquer sinal de pecado, injustiça ou maldade. Por isso, Davi não apela para a força do próprio braço; ele não tem sede de vingança, não guarda rancor ou ódio no coração. Ele se volta para Deus e diz: “O Senhor é o meu ajudador e auxiliador; o Senhor é aquele em cujas mãos está a minha vida; ele retribuirá (shub, levar de volta, trazer de volta; o “efeito bumerangue”). Deus fará justiça.
Deus nos abencoe...
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