O Pecado

Tristeza, violência, dor, sofrimento, traições, guerras, tragédias e outros males que nos assolam são frutos da queda do homem e seu consequente declínio moral que assola o homem desde aquele fatídico episódio de Adão e Eva. O pecado está por traz de todo o sofrimento experimentado pelo homem aqui na terra.


A origem

Na raça humana o pecado teve sua origem demoníaca, isto é, ele entrou na humanidade por intermédio de satanás. No jardim do Éden, Adão e Eva tinham comunhão com Deus até que satanás usa uma serpente para enganar Eva e Adão e os levar a desobedecerem a Deus no mandamento de não comer o fruto da árvore proibida.

A natureza

Quando alguém peca ele mostrando as ações exteriores de uma natureza interior. Em nós, o pecado é fruto de uma natureza pecaminosa que está ligada ao nosso ser. Um roubo, por exemplo, é uma manifestação exterior de um pecado interior, isto é, o pecado do roubo está na natureza daquela pessoa, portanto ele é um ladrão não apenas porque roubou, mas porque tem a natureza de roubar.
Quando um ladrão é preso ele deixa de cometer roubos, mas não deixa de ser um ladrão. A cadeia tira a pessoa do contato com a sociedade impedindo a ação do roubo, mas não tira do seu ser a natureza de roubar.

As consequências

As consequências do pecado podem ser resumidas em todo o mal que conhecemos e experimentamos. Segundo o livro de Gênesis, a terra foi amaldiçoada em função do pecado do homem. Ao homem foi dito que ele comeria o pão com o suor do rosto e a mulher teria as dores do parto multiplicadas. Ambos foram expulsos do paraíso e receberam como recompensa a morte. Tudo isso nós herdamos.
A questão mais importante aqui é entender que a principal consequência do pecado é a morte, estamos falando da morte espiritual. O inferno é uma realidade terrível e o destino final do pecado.

A cura para o pecado

Deus exige que o homem seja santo, isto é sem pecado. Mas ele sabia que o homem não era e não é capaz de livra-se do pecado por seus próprios recursos. Então, em um ato de amor, Deus envia seu único filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz do calvário e pagar ali as nossas dívidas com Deus. Na cruz, Jesus entregou a sua vida em resgate de nossas almas. O pecado era nosso, mas ele tomou os nossos pecados e os cravou na cruz.
O apóstolo Paulo em Romanos 3.25-26 resume assim a providência de Deus na obra de Cristo:
Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isso que ele é justo. No passado ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados; mas agora, pelo sacrifício de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim ele é justo e aceita os que crêem em Jesus.

O pecado imperdoável

Há duas situações na escritura em que o pecado é visto como imperdoável.
O primeiro caso aconteceu quando Jesus acabará de expulsar um demônio de uma pessoa. Os Fariseus que estavam ali afirmaram que era pelo poder de belzebu que Jesus tinha feito aquela obra. Jesus, após refutar a ideia dele adverte que quem pecar contra o pai e filho tem perdão, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão.
Mas o que é blasfemar contra o Espírito Santo? O próprio texto mostra a resposta: É atribuir ao diabo uma obra ou ação do Espírito Santo.
O segundo caso é registrado na primeira epístola do apóstolo João. Segundo ele há pecados que são para a morte e pecados que não são para a morte.
Há algumas interpretações para pecados para a morte. João pode estar falando de:
  • Morte física apenas;
  • O pecado já descrito por Jesus, ou seja, a blasfêmia contra o Espírito Santo;
  • Apostasia.
Apoiado em outras passagens na escritura parece que a última opção é a que melhor se encaixa. 
Apostasia é uma rebelião deliberada e contínua contra Deus, levando o endurecimento de coração a um nível que não o permita mais se arrepender.
Referências:
Bíblia de Estudos Dake (CPAD)
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia (Editora Vida)
Citações bíblicas NVI – Nova Versão Internacional