I Samuel
19-21
O coração de Davi
Quando alguém se lembra de Davi, geralmente, não fala da sua bravura, sua habilidade com as armas, suas vitórias contra os inimigos ou sua capacidade estratégica, mas do seu coração.
Fala-se do “homem segundo o coração de Deus” (Atos 13.22).
As pessoas acham bonito falar sobre o “homem segundo o coração de Deus”, ou, segundo o texto, “O homem governado, submetido, controlado, pelo coração de Deus”. As pessoas até pedem esse coração a Deus, fazendo orações eloqüentes e sinceras. Contudo, quase ninguém procura saber o que aconteceu com Davi para que ele tivesse esse coração.
O coração de Davi não foi governado por Deus desde o início – até mesmo porque, segundo as palavras do próprio Davi no salmo 51:5, ele reconhece que nasceu em iniqüidade, em rebelião contra Deus. Assim, ele não nasceu com um coração rendido e submetido a Deus. Esse coração foi construído, formado, lapidado, trabalhado por Deus. E não foi da noite para o dia; esse foi um trabalho de muitos anos. Para ter o seu coração transformado, Davi precisou se desapegar de muitas coisas, perder muitas “muletas”, ser destituído de muitos apoios. Ele precisou ser levado para um lugar onde estivesse completamente sozinho, sem posição, sem amigos, sem líderes, sem nação.
De fato, um coração só se apega totalmente a Deus depois que se desapegou de todas as demais coisas. Esse foi o processo pelo qual Davi passou. É interessante notar que o verbo que mais aparece nesses capítulos, se referindo a Davi, é o verbo fugir (19.10,12,18; 20.1; 21.10). Quem foge não prepara malas para viajar; tudo acontece repentinamente. E Davi foi deixando muitas coisas para trás. Sem querer, ele foi se desapegando de algumas coisas que lhe davam segurança.
Davi se desapegou de sua posição. Ele era chefe da guarda pessoal e comandante dos exércitos do rei. Era ele quem fazia as saídas e entradas militares de todo o povo. Ele era conhecido e estimado por todas as pessoas de Israel. As mulheres o admiravam e cantavam suas vitórias. Mas, de repente, Davi se torna um fugitivo. O próprio rei de Israel passa a persegui-lo e ele perde essa posição diante de todo o Israel. Sua posição não mais podia sustentá-lo ou ajudá-lo.
Davi se desapegou do casamento. Quando fugiu de Saul, Davi foi para casa e esteve com a sua esposa, Mical, filha do rei. Isso conferia a Davi honra, status, riquezas e bens, além de aconchego e afeto da esposa. Entretanto, por causa das perseguições, Davi precisou fugir. O casamento não mais podia sustentá-lo.
Davi se desapegou dos líderes. Quando fugiu de casa, Davi se foi para Samuel. Samuel era profeta e ainda o juiz de todo o Israel. Mas Davi, mais uma vez, precisou fugir.
Davi se desapegou dos amigos. Quando fugiu da casa dos profetas, Davi foi se encontrar com Jônatas. Mesmo assim, isso não durou muito e outra vez foi necessário que Davi fugisse. Ele já não mais encontrava segurança em suas amizades.
Davi se desapegou de si mesmo. Quando fugiu de perto de Jônatas, Davi se foi Gate, a cidade do filisteu Golias, seu inimigo. Ali, Davi precisou se fingir de louco (I Samuel 21.13). Seu próprio procedimento já não transmitia mais segurança. Davi abriu mão de sua naturalidade, de suas atitudes normais.
Existiram muitas outras situações em que foi necessária a renúncia de Davi. Ele chegou a saiu do palácio e foi parar em uma caverna. Suas fugas constantes e a humilhação a que estava sendo submetido o fizeram abrir mão de tudo o que era natural e poderia lhe transmitir alguma segurança, para confiar somente em Deus. Sua vida estava totalmente sob os cuidados do Pai. Mesmo assim, apesar de todos os problemas, perseguições e do perigo de morte, Davi jamais deixou de depositar sua confiança plena em Deus.
Exatamente por isso, Davi foi considerado o homem segundo o coração de Deus. O anseio do coração de Deus é que depositemos nossa confiança total nEle, porque Ele tem o controle total de nossas vidas em suas mãos. Os problemas, as perseguições, as lutas, as dores, o cansaço, a humilhação, a falta absoluta de apoio em coisas naturais ou em pessoas não são maiores do que o Senhor.
O coração de Davi
Quando alguém se lembra de Davi, geralmente, não fala da sua bravura, sua habilidade com as armas, suas vitórias contra os inimigos ou sua capacidade estratégica, mas do seu coração.
Fala-se do “homem segundo o coração de Deus” (Atos 13.22).
As pessoas acham bonito falar sobre o “homem segundo o coração de Deus”, ou, segundo o texto, “O homem governado, submetido, controlado, pelo coração de Deus”. As pessoas até pedem esse coração a Deus, fazendo orações eloqüentes e sinceras. Contudo, quase ninguém procura saber o que aconteceu com Davi para que ele tivesse esse coração.
O coração de Davi não foi governado por Deus desde o início – até mesmo porque, segundo as palavras do próprio Davi no salmo 51:5, ele reconhece que nasceu em iniqüidade, em rebelião contra Deus. Assim, ele não nasceu com um coração rendido e submetido a Deus. Esse coração foi construído, formado, lapidado, trabalhado por Deus. E não foi da noite para o dia; esse foi um trabalho de muitos anos. Para ter o seu coração transformado, Davi precisou se desapegar de muitas coisas, perder muitas “muletas”, ser destituído de muitos apoios. Ele precisou ser levado para um lugar onde estivesse completamente sozinho, sem posição, sem amigos, sem líderes, sem nação.
De fato, um coração só se apega totalmente a Deus depois que se desapegou de todas as demais coisas. Esse foi o processo pelo qual Davi passou. É interessante notar que o verbo que mais aparece nesses capítulos, se referindo a Davi, é o verbo fugir (19.10,12,18; 20.1; 21.10). Quem foge não prepara malas para viajar; tudo acontece repentinamente. E Davi foi deixando muitas coisas para trás. Sem querer, ele foi se desapegando de algumas coisas que lhe davam segurança.
Davi se desapegou de sua posição. Ele era chefe da guarda pessoal e comandante dos exércitos do rei. Era ele quem fazia as saídas e entradas militares de todo o povo. Ele era conhecido e estimado por todas as pessoas de Israel. As mulheres o admiravam e cantavam suas vitórias. Mas, de repente, Davi se torna um fugitivo. O próprio rei de Israel passa a persegui-lo e ele perde essa posição diante de todo o Israel. Sua posição não mais podia sustentá-lo ou ajudá-lo.
Davi se desapegou do casamento. Quando fugiu de Saul, Davi foi para casa e esteve com a sua esposa, Mical, filha do rei. Isso conferia a Davi honra, status, riquezas e bens, além de aconchego e afeto da esposa. Entretanto, por causa das perseguições, Davi precisou fugir. O casamento não mais podia sustentá-lo.
Davi se desapegou dos líderes. Quando fugiu de casa, Davi se foi para Samuel. Samuel era profeta e ainda o juiz de todo o Israel. Mas Davi, mais uma vez, precisou fugir.
Davi se desapegou dos amigos. Quando fugiu da casa dos profetas, Davi foi se encontrar com Jônatas. Mesmo assim, isso não durou muito e outra vez foi necessário que Davi fugisse. Ele já não mais encontrava segurança em suas amizades.
Davi se desapegou de si mesmo. Quando fugiu de perto de Jônatas, Davi se foi Gate, a cidade do filisteu Golias, seu inimigo. Ali, Davi precisou se fingir de louco (I Samuel 21.13). Seu próprio procedimento já não transmitia mais segurança. Davi abriu mão de sua naturalidade, de suas atitudes normais.
Existiram muitas outras situações em que foi necessária a renúncia de Davi. Ele chegou a saiu do palácio e foi parar em uma caverna. Suas fugas constantes e a humilhação a que estava sendo submetido o fizeram abrir mão de tudo o que era natural e poderia lhe transmitir alguma segurança, para confiar somente em Deus. Sua vida estava totalmente sob os cuidados do Pai. Mesmo assim, apesar de todos os problemas, perseguições e do perigo de morte, Davi jamais deixou de depositar sua confiança plena em Deus.
Exatamente por isso, Davi foi considerado o homem segundo o coração de Deus. O anseio do coração de Deus é que depositemos nossa confiança total nEle, porque Ele tem o controle total de nossas vidas em suas mãos. Os problemas, as perseguições, as lutas, as dores, o cansaço, a humilhação, a falta absoluta de apoio em coisas naturais ou em pessoas não são maiores do que o Senhor.
#oremos
continua na parte VII...