O texto a seguir é extenso, porém rico em passagens bíblicas. Leia-o com amor, tremor e sem pressa. YHWH nos Abençoe.
Ainda existem igrejas que
promovem de maneira errônea a Festa dos Tabernáculos e incentivam todos a dela participarem, em um
processo de judaização do povo que frequenta esse lugar. Esse evento é
espiritualizado e trazido para a atual dispensação como anunciador da vinda do
Senhor. Eis o que encontramos num site:
“As festas bíblicas são
ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais
nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). Essas festas
não são um convite para que a Igreja volte à primeira aliança, mas para
sustentar a mensagem que elas transmitem. Elas apontam para o fim, para o
Cordeiro e falam da parousia, ou seja, a segunda vinda do Messias. Tabernáculo
é a preparação, por fé, do caminho do Senhor; é caminhar trabalhando, tirando
as pedras, deixando o caminho livre e seguro para que todos possam ver o Rei
entrar. Tirar as pedras do caminho é profético para poder estabelecer e
anunciar que o Senhor está voltando”.
Está escrito que as
solenidades e festas enumeradas no capítulo 23 de Levítico fazem parte do
antigo pacto, ao qual estavam vinculados os “filhos de Israel” (Lv 23.1)
Depois falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades:.
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades:.
As
solenidades eram as seguintes: Festa dos
Tabernáculos e Dia da Expiação,
na estação do cultivo das terras; Festa
das Trombetas, no ano novo; Primícias,
Pães Asmos e Festa da Páscoa, nas chuvas tardias e colheita de cevadas; Festa do Purim, nas chuvas tardias; Festa de Pentecoste ou das semanas, na
estação da vinicultura. A maioria dessas festas sagradas, também chamadas de
“santas convocações”, se relacionava com as atividades agrícolas e os
acontecimentos históricos da nação hebréia, e foi instituída como parte do concerto
do Sinal (Ex 23.14-19)
Três vezes no ano me celebrareis festa.
A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça vazio perante mim;
E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho.
Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor DEUS.
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado; nem ficará a gordura da minha festa de noite até pela manhã.
As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça vazio perante mim;
E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho.
Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor DEUS.
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado; nem ficará a gordura da minha festa de noite até pela manhã.
As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
Todos os varões israelitas estavam
obrigados a participar das três festas dos peregrinos: Páscoa, Pentecostes e dos Tabernáculos.
A finalidade da Festa dos Tabernáculos
era lembrar ao povo a bondade de Deus para com eles durante seus quarenta anos
no deserto, sem habitação permanente. Também chamada Festa da Colheita, porque
ela comemorava o término da colheita dos frutos e nozes do verão.
Diante disso, há de se
perguntar: o cristão do novo concerto é obrigado a fazer parte dessas festas?
É dever da Igreja de
Cristo promovê-las?
Quem delas não
participar está de algum modo em pecado?
Vou tentar responder a
essas indagações...
Tem havido dúvidas
sobre o que está valendo e o que não está valendo com relação ao Antigo
Testamento. Focarei o assunto da Festa dos Tabernáculos. O Senhor disse:
“Celebrareis esta festa por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas
vossas gerações. Sete dias habitareis debaixo de tendas; todos os naturais em
Israel habitarão em tendas, para que saibam as vossas gerações que eu fiz
habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei do Egito. Assim,
pronunciou Moisés as solenidades do Senhor, aos filhos de Israel” (Lv
23.41-44).
Estatuto perpétuo – Lemos no artigo acima citado que essas festas “não são
apenas judaicas”, pois se trata de estatuto perpétuo. Quer dizer que a Igreja
deve promovê-las por todos os séculos dos séculos até a vinda de Jesus?
Se a resposta for
afirmativa, (1) cumpramos também, por ser “lei perpétua”, a solenidade das
“Primícias”, observando todas as exigências ali previstas (Lv 23.14);
E não comereis pão, nem trigo tostado, nem
espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do vosso Deus;
estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas as vossas habitações.
cumpramos também, por
ser “lei perpétua”, o “Pentecostes”, observando todos os requisitos da
ordenança, bem como o sacrifício de animais (Lv 23.21);
E naquele mesmo dia apregoareis que tereis
santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas
as vossas habitações pelas vossas gerações.
observemos também o Dia
da Expiação por ser “estatuto perpétuo”; este é um dia especial de aflição; mas
cuidado: “Toda alma que, naquele mesmo dia, não se afligir será extirpada do
seu povo”; e se fizer alguma obra será destruída (Lv 23.29-31);
Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se
não afligir, será extirpada do seu povo.
Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo.
Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações.
Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo.
Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações.
celebremos também a
Páscoa com sacrifício de animais, tal como ordenado pelo Senhor, por ser
“estatuto perpétuo” (Ex 12.14);
E este dia vos será por memória, e
celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por
estatuto perpétuo.
observemos também os
“contínuos holocaustos” [por toda a vida] ordenados pelo Senhor: “Um cordeiro
sacrificarás pela manhã e o outro cordeiro sacrificarás de tarde” (Nm 28.3-4);
Dir-lhes-ás: eis o sacrifício pelo fogo que
oferecereis ao Senhor: um holocausto quotidiano e perpétuo de dois cordeiros de
um ano, sem defeito.
Oferecerás um pela manhã e outro entre as duas tardes,
Oferecerás um pela manhã e outro entre as duas tardes,
nas cerimônias de
consagração, cumpramos, por ser “estatuto perpétuo”, o ritual de degola de um
“novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação”, e “derramarás o
sangue à base do altar” (Ex 29.11-12).
E imolarás em presença do Senhor o novilho, na
entrada da tenda de reunião.
Depois tomarás do sangue do novilho, e com o dedo o porás sobre os chifres do altar e derramarás o resto ao pé do altar.
Depois tomarás do sangue do novilho, e com o dedo o porás sobre os chifres do altar e derramarás o resto ao pé do altar.
Enquanto
não surgiu a nova e eterna aliança em Cristo, valeu a perpetuidade dos
estatutos do antigo concerto.
Diz também o texto
acima que essas festas devem ter continuidade para sustentar a mensagem
anterior e preparar o povo para a volta do Senhor. Nada mais inconsistente. A
Festa dos Tabernáculos tinha uma finalidade: “Para que saibam as vossas
gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da
terra do Egito” (Lv 23.43).
Para que saibam as vossas gerações que eu fiz
habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu
sou o Senhor vosso Deus.
O povo então se
lembrava da bondade de Deus durante os quarenta anos no deserto. Logo, não se
pode sustentar essa mesma mensagem nos dias atuais. Também não serve como
preparação para a vinda do Senhor. Somente com obediência irrestrita e fé
inabalável estaremos preparados. Cristo é o ministro do verdadeiro tabernáculo,
não feito por homem (Hb 8.2).
Ministro do santuário, e do verdadeiro
tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
Jesus é o Mediador de
um melhor concerto, firmado em melhores promessas. Se o concerto anterior fosse
irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo (8.6-7).
Mas agora alcançou ele ministério tanto mais
excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em
melhores promessas.
Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
Mas, vindo Cristo, o
sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não
feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros,
mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma
eterna redenção (v. Hb 9.1-28).
Ora, também a primeira tinha ordenanças de
culto divino, e um santuário terrestre.
Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário.
Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos,
Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança;
E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços;
Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;
Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne,
Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.
Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?
Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue;
Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo,
Dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado.
E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério.
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;
Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio;
De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.
Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário.
Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos,
Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança;
E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços;
Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;
Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne,
Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.
Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?
Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue;
Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo,
Dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado.
E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério.
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;
Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio;
De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.
A
Festa dos Tabernáculos era sombra das coisas futuras. Voltaremos às sombras?
O Antigo e o Novo
Concerto – “Os capítulos 8-10 do livro de Hebreus descrevem numerosos aspectos
do antigo concerto tais como o culto, as leis e o ritual dos sacrifícios no
tabernáculo; descrevem os vários cômodos e móveis desse centro de adoração do
Antigo Testamento”. É duplo o propósito do autor: (1) contrastar o serviço do
sumo sacerdote no santuário terrestre, segundo o antigo concerto, com o
ministério de Cristo como o sumo sacerdote no santuário celestial segundo o
novo concerto; e (2) demonstrar como esses vários aspectos do antigo concerto
prenunciam ou tipificam o ministério de Cristo que estabeleceu o novo concerto.
O presente estudo sintetiza o relacionamento entre esses dois concertos.
(1) Segundo o antigo
concerto, a salvação e o relacionamento correto com Deus provinham de um
relacionamento com Ele à base da fé expressa pela obediência à sua lei e ao
sistema sacrificial desta. Os sacrifícios do AT tinham três propósitos principais:
(a) Ensinar ao povo de Deus a gravidade do pecado. O pecado separava os
pecadores de um Deus santo, e somente através do derramamento de sangue
poderiam reconciliar-se com Deus e encontrar perdão (Ex 12.3-14; Lv 16; 17.11;
Hb 9.22). (b) Prover um meio para Israel chegar-se a Deus mediante a fé, a
obediência e o amor (cf. Hb 4.16; 7.25; 10.,1). (c) Indicar de antemão ou
prenunciar (Hb 8.5; 10.1) o sacrifício perfeito de Cristo pelos pecados da raça
humana (cf. Jo 1.29; 1 Pe 1.18,19; Ex 12.3-14; Lv 16).
(2) Jeremias profetizou
que, num tempo futuro, Deus faria um novo concerto, um melhor concerto, com o
seu povo (ver Jr 31.31-34; cf Hb 8.8-12). É melhor concerto do que o antigo
(cf. Rm 7) porque perdoa totalmente os pecados dos que se arrependem (Hb 8.12),
transforma-os em filhos de Deus (Rm 8.15-16), dá-lhes novo coração e nova
natureza para que possam, espontaneamente, amar e obedecer a Deus (Hb 8.10; cf.
Ez 11.19,20), os conduz a um estreito relacionamento pessoal com Jesus Cristo e
o Pai ((Hb 8.11) e provê uma experiência maior em relação ao Espírito Santo (Jl
2.29; At 1.5,8; 2.16,17, 33, 38,39; Rm 8.14,15, 26).
(3) Jesus é quem
instituiu o novo concerto ou o novo testamento (ambas as idéias estão contidas
na palavra grega diatheke - testamento), e seu ministério celestial é
incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do AT. O novo concerto é
um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração do propósito
divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam a Deus mediante a fé
obediente. De modo específico, trata-se de um concerto de promessa para aqueles
que, por fé, aceitam a Cristo como Filho de Deus, recebem suas promessas e se
dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos do novo concerto. (a) O ofício de
Jesus Cristo como mediador do novo concerto (Hb 8.6; 9.15; 12.24) baseia-se na
sua morte expiatória (Mt 26.28; Mc 14.24; Hb 9.14,15; 10-29; 12.24). As
promessas e os preceitos desse novo concerto são expressos em todo o Novo
Testamento. Seu propósito é: salvar da culpa e da condenação da lei todos os
que crêem em Jesus Cristo e dedicam suas vidas às verdades e deveres do seu
concerto (Hb 9.16,17; cf. Mc 14.24; 1 Co 11.25); e fazê-lo um povo que seja a
possessão de Deus (Hb 8.10; cf. Ez 11.19.20; 1 Pe 2.9). (b) O sacrifício de
Jesus é melhor que os do antigo concerto por ser um sacrifício voluntário e
obediente de uma pessoa justa (Jesus Cristo), e não um sacrifício involuntário
de um animal. O sacrifício de Jesus e o seu cumprimento da vontade de Deus
foram perfeitos, e, portanto, proveu um caminho para o pleno perdão,
reconciliação com Deus e santificação (Hb 10.10,15-17). (c) Todos os que
pertencem ao novo concerto por Jesus Cristo recebem as bênçãos e a salvação
oriundas desse concerto mediante sua perseverança na fé e na obediência. Os
infiéis são excluídos dessas bênçãos.
(4) Estabelecido o novo
concerto em Cristo, o antigo concerto se tornou obsoleto [que caiu em desuso]
(Hb 8.13). Não obstante, o novo concerto não invalida a totalidade das
Escrituras do AT, mas apenas as do pacto mosaico, pelo qual a salvação era
obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de sacrifícios. “O Antigo
Testamento não está abolido; boa parte da sua revelação aponta para Cristo, e
por ser a inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender, corrigir
e instruir em retidão” (Bíblia de Estudo Pentecostal - BEP).
Nada impede de serem
realizadas tantas festas quantas quiserem, desde que conservado o espírito
solene, a decência e a ordem, e seja para glória de Deus. Todavia, não se pode
ensinar que as festas judaicas para os dias atuais decorram de ordem e que
sejam indispensáveis à santificação ou a maior comunhão com Deus; que abram
caminho para a volta do Senhor. Ensinar, por exemplo, que a não participação
resulta em perda da bênção contraria em muitos pontos a Palavra de Deus. Não
mais estamos sujeitos ao cumprimento de solenidades próprias dos judeus (Jo
7.2),
E estava próxima a festa dos judeus, a dos
tabernáculos.
que eram sombras de
coisas futuras. Em Cristo, já experimentamos esse porvir; fomos constituídos
templos do Espírito e podemos com confiança chegar ao trono da graça, o
verdadeiro tabernáculo, onde está assentado o Sumo Sacerdote (Hb 4.16; 8.1-2;
12.2).
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da
graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos
ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 4:16
Hebreus 4:16
Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote
tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
Hebreus 8:1-2
Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
Hebreus 8:1-2
Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo
gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e
assentou-se à destra do trono de Deus.
Hebreus 12:2
Hebreus 12:2
Sombras
“Havendo riscado a
cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os
principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados que são sombras das coisas futuras,
mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.14-17- Almeida CF).
Comentário > O
“riscar a cédula” é uma referência à lei de Moisés, isto é, aos mandamentos que
indicavam a conduta certa do homem, mas que não lhe podiam dar vida nem o poder
para obedecer a Deus (Gl 3.21). A salvação mediante o concerto do AT foi
cravada na cruz (ou seja, abolida), e Deus estabeleceu um concerto melhor, por
meio de Cristo e através do seu Espírito (2 Co 3.6-9); Hb 8.6-13; 10.16,17, 29;
12.24). As duas primeiras palavras (comer, beber) provavelmente se referem às
regras judaicas sobre alimentação do AT, que os colossenses eram pressionados a
observar como necessidade para a salvação pelos falsos mestres. “Dias de
festas”, “lua nova” e “sábados” provavelmente se referem a determinados dias
sagrados de observância obrigatória no calendário judaico. O apóstolo Paulo
ensina que o cristão está livre dessas obrigações legais e cerimoniais (Gl
4.4-11; 5.1)” (BEP).
Ouçamos mais uma vez o
apóstolo: “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus,
como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo
quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não
haja trabalhado em vão para convosco. Estai, pois, firmes na liberdade com que
Cristo nos libertou [liberdade do jugo da lei] e não torneis a meter-vos
debaixo do jugo da servidão” (Gl 4.9-11; 5.1).
“Rudimentos fracos”,
isto é, impotentes para resgatar vidas; “pobres”, porque não podem aumentar a
riqueza espiritual daqueles que são herdeiros de Deus (Gl 4.7; 1 Co 1.5;
3.21-23; 2 Co 8.9; Tg 2.5). O apóstolo roga aos gálatas que se livrem das
ordenanças judaicas: “Rogo-vos que sejais como eu” (4.12). Ele lançou por terra
a carga da lei judaica a fim de colocar-se no nível de seus convertidos
gentios: “Eu sou como vós” (O Novo Comentário das Bíblia).
“Porque está escrito
que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre” (Gl 4.22). A
ilustração objetiva demonstrar a diferença entre o antigo e o novo concerto.
Agar representa o antigo concerto, firmado no monte Sinal (v.25); os seus
filhos vivem agora sob esse concerto e nascem segundo a carne (v.23), isto é,
não têm o Espírito Santo. Sara, a outra esposa de Abraão, representa o novo
concerto; os seus filhos, isto é, os crentes em Cristo, têm o Espírito e são
verdadeiros filhos de Deus” (ibidem).
A Festa dos
Tabernáculos faz parte do antigo concerto. Estamos hoje em novidade de vida,
sob os termos da nova e eterna aliança que tem como Mediador Jesus Cristo. Não
nos convém voltar ao deserto e habitar em tendas. Não nos convém retornar às
solenidades do passado que, como sombras do que viria, apontavam para uma
realidade futura. Cristo é a nossa realidade. É claro, de maneira a ensinar e a mostrar como foi essas festas, a proposta é muito interessante e até importante, porém, se a intenção é judaizar o povo, com certeza seria mais útil distribuir com os
pobres o elevado montante de dinheiro que se gasta com essas festas...
Porém, como já disse, nada
impede de serem realizadas tantas festas quantas quiserem, desde que conservado
o espírito solene, a decência e a ordem, e seja para glória de Deus. Todavia,
não se pode ensinar que as festas judaicas para os dias atuais decorram de
ordem e que sejam indispensáveis à santificação ou a maior comunhão com Deus;
que abram caminho para a volta do Senhor. Ensinar, por exemplo, que a não
participação resulta em perda da bênção contraria em muitos pontos a Palavra de
Deus. Não mais estamos sujeitos ao cumprimento de solenidades próprias dos
judeus (Jo 7.2),
A resposta ao título é: Não voltamos ao tempo das sombras, caso sua comunidade não trate essas festas como indispensáveis para sua salvação e edificação, se elas são realizadas para fins de conhecimento e estudo, descanse o seu coração, você esta em um bom lugar.
A resposta ao título é: Não voltamos ao tempo das sombras, caso sua comunidade não trate essas festas como indispensáveis para sua salvação e edificação, se elas são realizadas para fins de conhecimento e estudo, descanse o seu coração, você esta em um bom lugar.
Fonte: Texto modificado dAqui.